Esperança

O ano de 2009 vai chegando ao fim, e começam as promessas para o próximo ano. Começamos a sonhar com um ano melhor, com mais paz, amor, harmonia, alegria, e todas as coisas boas.

E se olharmos para traz, veremos que isso tudo já foi feito por nós, as mesas promessas, com as mesmas falhas, mesmos egoísmos e todos os mesmos defeitos. Mas se olharmos para trás e analisarmos o que passamos, veremos a mão de Deus nos guardando, e nós atribuindo isso a outras coisas, tais como a sorte. Mas se olharmos para traz também veremos como somos medíocres, pois sempre com as mesmas promessas, nunca somos capazes de cumpri-las, nunca conseguimos honrar nossa palavra.

Mas existe algo chamado esperança, algo que não pode morrer, ela nos da a chance de tentarmos mais uma vez, e se falharmos ela virá mais uma vez e dirá, ainda há tempo, nunca é tarde para tentar fazer o que é bom.

E o dom da esperança é divino, Deus coloca a esperança no ser humano, para que ele sinta um pedacinho da bondade de Deus. O verdadeiro Deus que criou a esperança. O Deus que sempre da mais uma chance. E no ano de 2010 teremos mais uma chance de honrar a Deus com as nossas atitudes. Um ano abençoado e cheio de esperança para todos.

Leia a seguir a Poesia de Mário Quintana, que retrata a Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Mário Quintana
Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética",
Editora Globo - São Paulo, 1998.



Lucas Fernando Borba dos Santos